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EXPO FAVELA: OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS E EMPREENDEDORISMO

  • forumfdc
  • Jun 1, 2022
  • 3 min read

Reportagem: Caroline Rossetto



Um belo encontro entre a favela e o asfalto. Essa é a premissa da primeira edição da Expo Favela, um evento organizado pela Favela Holding e promovida pela Central Única de Favelas, A CUFA, que pretende ser uma excelente oportunidade de negócios para futuros e novos empreendedores da periferia e investidores do asfalto.


O evento, que espera receber em torno de 5 mil pessoas por dia, acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de abril no World Trade Center de São Paulo, localizado no Brooklin, zona sul de São Paulo.


A Expo Favela atua como um grande modelo de negócio, possibilitando sociabilidade e conexão de investidores das comunidades de todo o país, estimulando o crescimento econômico e incentivando projetos inovadores de todos os tamanhos. Dessa forma, os encontros serão uma forma de pensar no futuro e driblar os momentos de crise, buscando soluções e situações para um país mais próspero e com uma economia mais forte, com fé na força do empreendedorismo e na geração de empregos.


O fundador do Favela Holding, Celso Athayde contou sobre o evento:


“Na verdade, esse evento é um desdobramento das atividades que a CUFA faz ao longo desse mais de 20 anos. A gente tem como base principal o empreendedorismo, nós não acreditamos em filantropia onde as pessoas dão as coisas para as favelas. A gente acredita que a favela é capaz de se resolver na medida em que ela tenha dinheiro, tenha trabalho, na medida em que ela empreenda, em que ela escala a empregabilidade na base da pirâmide. Quando a gente começa a produzir e a crescer, precisamos dar um salto de qualidade. Para isso, precisamos de outros contatos e outras informações e isso normalmente, essas informações circulam do asfalto, porque quem mora na favela, não faz cursos em uma ESPM, por exemplo, cursos de empreendedorismo de alta renda ou não tem a linguagem do asfalto de negócios. Tem certas expressões como: networking, branding, share, trade ou meeting. Essas expressões não são comuns na favela. Então, na medida que os empreendedores da favela tem condições de ocupar determinados espaços e ambientes, como por exemplo, o World Trade Center, onde será o evento, que hoje é o epicentro econômico dos empresários do país, começamos a também a estar conectado com os empresários do asfalto, dessa forma, essa relação entre a favela e o asfalto vai permitir a nova revolução do empreendedorismo da favela”, conclui.


Para acontecer esse evento, houve uma peneira das startups que são negócios com bases em tecnologia, onde tem os mais diversos empreendedores de vários segmentos. Foram em três classes: os que se inscreveram e apenas tem uma ideia, aqueles que a ideia está em fase inicial e os que já estão estruturados e que precisam de um plano de expansão. O espaço do evento tem 5 andares e além da feira, terá espaços para a criação de conteúdo, como debates e reflexões de pessoas de vários níveis sociais debatendo assuntos como política, viés ideológico e a vida cotidiana que impacta o nível econômico do país e também mostrar a cultura da favela como: break, grafite, baile funk e o rap.


Celso Athayde diz que mesmo com esse modelo de negócios, não acredita necessariamente, seja uma salvação para as favelas


“Esse é um tema que demanda muitas perguntas e muitas respostas, além de muitas reflexões. É importante que a favela saiba que ela pode se sentir importante em um país capitalista e o que vale, muitas vezes, é o dinheiro. O amor é apenas um detalhe, infelizmente.


Os temas do debates serão abordados por algum representante da favela e um do asfalto e serão discutidos assuntos como: liderança feminina, cultura, gastronomia, economia criativa, educação financeira e política. Personalidades como o DJ ALOK, a vencedora do BBB20 Thelma Assis , o rapper Emicida e a atriz Regina Casé serão alguns convidados ilustres desse encontro, que também terá apresentações musicais, ao fim de cada dia.


Além disso, terá venda de livros de autores da periferia e produtos de comerciantes de todos os estados brasileiros: desde chapéus de palha e cachaça, desde rapadura a outras guloseimas de outras cidades, entre outros.


O ingresso “favela” custa R$15,00 a inteira e R$7,50 a meia entrada. O ingresso asfalto custa R$30,00 a inteira e R$15,00 a meia entrada.



Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária para a Cidade de São Paulo.



 
 
 

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