PINACOTECA DE SÃO PAULO INAUGURA EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS DA ARTISTA VANGUARDISTA ADRIANA VAREJÃO
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- Apr 24, 2022
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Updated: Apr 24, 2022
Reportagem: Caroline Rossetto
A Pinacoteca de São Paulo inaugurou na sexta-feira, 25 de março a exposição “Adriana Varejão: Suturas, Fissuras e Ruínas”. Em primeira mão para blogueiros e influenciadores digitais de lazer e turismo, a mostra só abriu para o público em geral, no sábado, dia 26. A exposição marca o intenso trabalho da artista carioca Adriana Varejão e reúne suas obras mais importantes, selecionadas a dedo, em um conjunto que contém 60 obras autorais de toda a sua carreira, que começa em 1985 até 2022. Suas obras, presentes nas sete salas da Pinacoteca, trazem à mesa pautas sociais relevantes e dialogam com tradições iconográficas europeias. No entanto, tiveram pouco destaque nacional, na época do lançamento. Adriana conquistou o público internacional logo de cara. É o caso da obra “Azulejos” de 1988; que é o primeiro trabalho que Adriana utiliza de azulejaria portuguesa e que foi encontrada no Convento de São Francisco, em Salvador, Bahia. A curadoria é assinada pelo diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, que selecionou trabalhos que evidenciam toda a sua diversidade, complexidade e genialidade de todas as suas produções. Jochen afirma que o talento e a multidisciplinaridade da artistas vem de como ela trabalha em suas obras, em uma direção que vai além de elementos que rompem com a matéria: como frestas, rupturas, ruínas, cortes e vazamentos. A exposição, que era muito aguardada pelos amantes de arte, promete ser um grande sucesso. A influenciadora cultural e criadora do Viva Cultura SP, Alana Carvalho, é uma grande fã da artista e pode conferir em primeira mão, a seleção de obras escolhidas a dedo: “A exposição da Adriana Varejão está de encher os olhos. É muito emocionante. É uma artista que a gente acaba conhecendo por causa dos azulejos e aqui você tem uma visão mais ampla e como essas obras dialogam com a Semana de Arte Moderna de 1922, no sentido de novos modernistas. Ela está neste grupo. E como ela entra?Ela pensa justamente nessa ruptura que os modernistas de 22 pensavam e propunham, nos preceitos europeus, nessa arte clássica européia e trazer para uma coisa mais brasileira. A Adriana traz esse olhar, questiona muitas coisas e coloca o Brasil e os seus problemas, ali no centro das obras dela. É muito interessante Vale a visita! E é importante para essa retomada nesta pandemia que não acabou, para expandirmos os horizontes e fugir de tantas notícias ruins que estamos tendo ao longo do tempo. A cultura vem dar esse abracinho e esse colo que a gente precisa e precisou muito durante essa pandemia”. Adriana Varejão é uma artista que mora e trabalha no Rio de Janeiro. Sua carreira começou na década de 1980 e desde o começo, desenvolveu uma linguagem diferenciada, jogando luz sobre diversas temáticas e referências. Uma das artistas mais importantes e renomadas de sua geração, Adriana é reconhecida internacionalmente e tem obras expostas em lugares como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museum of Modern Art de Nova York e o Hara Museum of Contemporary Art, de Tóquio, além de ter coleções privadas e públicas, como a da Pinacoteca de São Paulo, do Museu de Arte do Rio (MAR) e do Museu de Arte de São Paulo (MASP). No exterior, os visitantes podem ver as suas obras em outras coleções da Tate, na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, no The Metropolitan Museum of Art, e no Guggenheim Museum, Nova York. Além de São Paulo e Rio de Janeiro, existe um pavilhão permanente e exclusivo dedicado à sua obra, que foi inaugurado no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, em 2008. O facilitador de Cultura e Turismo, do blog Fizemos um Rolê, Cesar Postais pôde conhecer o trabalho dela em Inhotim: “É muito importante essa exposição da Adriana Varejão, pois já a conhecíamos, de Inhotim. Ela tem um pavilhão todo voltado para ela, pois foi praticamente um dos primeiros integrados com o paisagismo, arquitetura e obras de arte. E também é bem interessante a relação dela com o modernismo, porque o Brasil tem um histórico modernista muito grande. Ficamos muito anos cultivando essa semente modernista e consequentemente, a Adriana veio dessa vertente. Então, ela agrega muito dessa linguagem, mas ela quebra um pouco dessa rigidez que o Modernismo tem quanto às formas e tudo mais. E nessa retomada, saímos de um período muito sombrio e de fato, 2022 está sendo muito próspero para exposições. Estamos vendo muita coisa legal acontecer” A exposição ADRIANA VAREJÃO: RUPTURAS, FISSURAS E RUÍNAS está disponível até 01/08/2022 Horários: 1º andar e Octógono De quarta a segunda, das 10h às 18h. Endereço Praça da Luz 2, São Paulo, SP, R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia entrada)
Ingressos: https://pinacoteca.org.br Gratuito para crianças até 10 anos e pessoas acima de 60 anos. SÁBADOS: GRATUITO

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